quarta-feira, 7 de março de 2012

Cavaco Silva, vão-se os dedos ficam os aneis.



Uma coisa é certa este senhor, escolheu nos seus governos uma equipa onde são poucos os membros não envolvidos em crimes de corrupção ou negociatas com o sector privado muito lesivas para o estado. Infelizmente o Partido Socialista em nada alterou os paradigmas por isso silenciem-se os socialistas agora um pouco.
-Continuamos a viver num país onde a indignação oscila com o medo de reivindicar continuamente e com racionalidade, mais justiça e igualdade de oportunidades para as pessoas. Parece que no meio do caos todos esperam a tal oferta de emprego sério e justo que nunca mais vem, ou um governo totalmente composto pelas pessoas mais honestas de um só partido.
-O que falhou nas democracias foram as disciplinas partidárias e as maiorias absolutas que estão a transformar o mundo numa ditadura económica disfarçada, com consequências sem precedentes nas história da humanidade.

Quanto a este senhor austero de seu nome Cavaco Silva ele é o paradigma mental do português comum.

-Tem o autoritarismo estampado na face o que inspira confiança dos que se revêm em lideranças masculinas clássicas e lhe faz valer muitos votos num país de homens e mulheres votantes tendencialmente machistas.

-Tem a democracia sempre debaixo da lingua  o que é condição "sine qua non" para recolher apoios ( dinheiro, campanhas ) daqueles que no fundo há muito governam verdadeiramente o país, atrás de secretárias e em gabinetes, sem sem importarem muito com o impacto do que fazem na motivação das pessoas, que é o que no final faz toda a diferença.

- Tem um discurso exaustivamente moderado e baseado em arquétipos o que muito se adequa à pouca irreverência e criatividade do português comum, para resolver problemas e conflitos.

- Tem o pendor do "medo pelo que há-de vir", que se viu muito bem com Salazar que é suficiente para manter o país exactamente igual durante varias décadas.

Em suma a face de Cavaco é a estampa do país e da própia cultura de resignação do ultimo século português.

As maiores vítimas em Portugal serão sempre os mais originais, os que não se contentam com o senso comum, os que recusam apanágios ou classificações políticas. Os que no fundo se propõem à estipulação de uma nova escala de valores para Portugal que priviligie a competência no longo prazo e assuma que está quase tudo por fazer depois de um século de maus vícios.