Li hoje num artigo do Publico algumas considerações de Tânia Silva do Hay Group.
De forma muito sucinta ela referia que deve existir nas empresas um cuidado acrescido na comunicação dos sacrifícios e a sua justificação, aos novos colaboradores, particularmente àqueles que agora entravam em funções equivalentes a colaboradores pré existentes mas com remunerações mais baixas, mesmo já estando na empresa. Isto é claro porque existem com certeza, pessoas com remunerações mais altas a quem é de todo impossível e até talvez contraproducente reduzir a remuneração.....
Estando o assunto bem esclarecido, eu tenho a fazer o seguinte comentário que é apenas um comentário e cujo alvo será neste caso o exemplo mencionado ou todo e qualquer empresário, visionário ou simples burgesso endinheirado e com tendência para o negócio que leia isto, bem como para aqueles comentadores, (espero bem que não seja este o caso), que por estarem demasiado inseridos na numerologia dos negócios, esquecem que se não forem acautelados, no cumprimento justo e atempado da lei laboral, certos valores de simples conduta de gestão justa do valor do trabalho, Impera então a simples exploração avulsa.
De referencia para o caso falo-vos de uma empresa recentemente entrada no mercado português, com sucesso económico que se pode considerar efectivo pela abertura de inumeras novas lojas a um ritmo regular num espaço de cerca de 3 anos.
Esta mesma empresa no ramo da restauração dá-se já ao luxo ao fim de três anos de existência, isto num plano que pretende a internacionalização, de colocar pessoas em cargos de gerência por afiliação e sem currículo nem tão pouco mais ou menos experiência. Esta mesma empresa coloca colaboradores seus a dar formação em liderança, a novos colaboradores que entram com remunerações acima dos seus formadores. Mantendo toda a pressão de trabalho em muitos caso sobre pessoas cuja função deveria ser simples, para aliviar o trabalho de quem simplesmente está no cargo por razões de simpatia pessoal ou como já mencionei afiliação.
BOM QUERIA TERMINAR POR DIZER À TÂNIA SILVA QUE ISTO NÃO SE TRATA UMA EMPRESA FRACASSADA E MEDÍOCRE MAS SIM DE UMA POSSÍVEL CLIENTE DO HAY GROUP.
-UMA EMPRESA CRIADA COM CAPITAL ADQUIRIDO NA GESTÃO DE NEGÓCIOS DE FRANCHISING DE RESTAURANTES MCDONALDS.
RESUMINDO, DESILUDAM-SE AQUELES QUE AINDA ACHAM QUE CAMINHAMOS NO CAMINHO DA JUSTIÇA LABORAL PORQUE TEMOS ALGUNS RESIDUAIS EXEMPLOS DE BOA FÉ LABORAL NO NOSSO PAÍS.
NO NOSSO PAÍS QUEM É HONESTO TEM QUE CONTAR COM A CONCORRÊNCIA ACÉRRIMA DE QUEM TEM OS BOLSOS CHEIOS DO DINHEIRO DA EXPLORAÇÃO ALHEIA, E ISSO NÃO É FÁCIL!
EM JEITO DE CONCLUSÃO EU DIRIJO À TÂNIA SILVA O SEGUINTE DESABAFO:
O QUANTO É BONITA A SUA INGENUIDADE E O QUANTO SERÁ TRÁGICO O SEU FUTURO SE ALGUMA VEZ POR ACASO DO DESTINO SE TENHA QUE SUBJUGAR AO MERCADO DE TRABALHO INDIFERENCIADO COMO TANTOS OUTROS EUROPEUS DA SUA FORMAÇÃO E DE OUTRAS FORMAÇÕES SUPERIORES.
LUÍS PONTES
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