Muitos são aqueles que dizem que o problema da crise começa e acaba nos bancos e na banca, mas ter a confirmação disso mesmo pela parte de um bancário é um luxo ao qual nem sempre nos podemos dar.
Hoje numa conversa informal com um bancário que acabara de conhecer numa exposição de fotografia em Lisboa tive conhecimento de dados concretos e antigos, mas que talvez por terem sido contados na primeira pessoa tiveram em mim um impacto maior ao ponto de decidir compartilhar convosco o que me foi dado de brinde por alguém que há mais de 5 anos trabalha no sistema bancário.
Alguns dados avançados por este homem corajoso que não teve os podôres, que nos são tão familiares, em dizer a verdade de forma pragmática enquanto a liberdade não nos é definitivamente retirada.
Coisas que ouvi deste bancário:
-todos os dias tenho de convencer pessoas que sei que vão perder as suas casas por carência financeira, a continuar a pagar as suas dividas e prestações ao banco ou a renegociar o inegociável adiando a entrega dos imóveis no sentido de permitir aos bancos não só ficar com as casas mas também a receber o máximo de prestações possíveis antes do cliente chegar à ruina.
-nos ultimos meses de 29 funcionários meus colegas 19 já pediram baixa psiquiatrica, pela carga emocional exigida ao apresentar sorrisos e optimismo dando concelhos de gestão errados a familias e pessoas na ruina financeira, sempre no sentido de os manter confiantes em melhorias que nunca vêm.
-os bancos estão a pegar no dinheiro que lhes está a ser emprestado pela Troika com o estado portugês como fiador, e a investi-lo em economias emergentes financiando assim o crescimento de outro países como Brasil, Angola, Russia etc.
-o numero de pessoas que a cada dia deixam de ter capacidade de pagar prestações aos bancos, não para de aumentar e a situação que hoje é de crise para muitos portugueses transformar-se-á em brave num drama social grave visto que o numero de pessoas em sitação de pré-miséria ou miseria absoluta irá aumentar drásticamente.
Dito isto por um bancário, que vou eu dizer?
abraços cordiais aos meus seguidores deste blog.
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