Por trás da recusa da manifestação da CGTP, todos sabemos, estão causas politicas bem claras.
Existe no nosso país uma natinha de politiquinhos sorridentes e sempre muito correctos, cheios de atitude democrática, mas que por trás disso escondem muita podridão e pequenês no que a verdadeira coragem politica diz respeito.
A Ponte 25 de Abril é um templo à democracia Portuguesa, pois não é com pouca coragem politica que se muda o nome a um dos principais legados da ditadura de Salazar, muito menos quando se quer mudar uma ponte com o seu nome para o nome da revolução que culminou na derrota do seu regime.
Assim sendo e em tempos de perda de soberania pela pátria faz todo o sentido uma marcha por esta ponte.
O Ministério da Administração Interna não para de perder a face nesta questão, primeiro porque já cedeu recentemente ao aprovar uma missa papal na praça do comercio contra os pareceres de segurança, e agorra derradeiramente ao sugerir a Ponte Vasco da Gama como alternativa. Esta segunda situação parece-me mais do que uma alternativa uma certa chacota às forças da esquerda mais patrióticas pois convenhamos que a a Ponte Vasco da Gama ao contrario da Ponte 25 de Abril, que é um icon internacionalmente conhecido da cidade de Lisboa, não passa de uma megalomana travessia periférica do Tejo cuja importância simbólica pouco ou nada ultrapassa o nome também icónico do famoso navegador português. Podemos dizer que é uma ponte importante para o trafico de automóveis nacional? Sim podemos, mas pouco mais do que isso.- Agora que trabalho com turistas há dois anos posso dizer que muitos foram os que me perguntaram curiosos se poderiam atravessar a ponte a pé, e nenhum me perguntou nunca se poderia fazer o mesmo na ponte Vasco da Gama, sendo que a maioria até desconhece a sua existência, o que é bastante revelador do reduzido impacto que teria uma Manif aí feita.
Enfim já que estamos a falar em democracia talvez devêssemos antes falar em Ferreira do Amaral o famoso Ministro das obras públicas que aparece agora, de novo a mandar bitaites sobre a economia e a crise na tv, após anos de ausência. Talvez devêssemos recordar que pouco depois de abandonar funções no governo foi para presidente da Lusoponte empresa com quem negociou ruinosamente para o estado a concessão das próprias pontes cujos dividendos agora gere.
Que Asco ver esta gente sem venta nem vergonha que lhes assente, vir comentar a vida politica actual enquanto como porquinhos se reviram na trampa que fazem e comem.
Santo Tirso.....
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