sábado, 12 de outubro de 2013

Por debaixo da Ponte



Por trás da recusa da manifestação da CGTP, todos sabemos, estão causas politicas bem claras.
Existe no nosso país uma natinha de politiquinhos sorridentes e sempre muito correctos, cheios de atitude democrática, mas que por trás disso escondem muita podridão e pequenês no que a verdadeira coragem politica diz respeito.
A Ponte 25 de Abril é um templo à democracia Portuguesa, pois não é com pouca coragem politica que se muda o nome a um dos principais legados da ditadura de Salazar, muito menos quando se quer mudar uma ponte com o seu nome para o nome da revolução que culminou na derrota do seu regime. 
Assim sendo e em tempos de perda de soberania pela pátria faz todo o sentido uma marcha por esta ponte.
O Ministério da Administração Interna não para de perder a face nesta questão, primeiro porque já cedeu recentemente ao aprovar uma missa papal na praça do comercio contra os pareceres de segurança, e agorra derradeiramente ao sugerir a Ponte Vasco da Gama como alternativa. Esta segunda situação parece-me mais do que uma alternativa uma certa chacota às forças da esquerda mais patrióticas pois convenhamos que a a Ponte Vasco da Gama ao contrario da Ponte 25 de Abril, que é um icon internacionalmente conhecido da cidade de Lisboa, não passa de uma megalomana travessia periférica do Tejo cuja importância simbólica pouco ou nada ultrapassa o nome também icónico do famoso navegador português. Podemos dizer que é uma ponte importante para o trafico de automóveis nacional? Sim podemos, mas pouco mais do que isso.- Agora que trabalho com turistas há dois anos posso dizer que muitos foram os que me perguntaram curiosos se poderiam atravessar  a ponte a pé, e nenhum me perguntou nunca se poderia fazer o mesmo na ponte Vasco da Gama, sendo que a maioria até desconhece a sua existência, o que é bastante revelador do reduzido impacto que teria uma Manif aí feita.
Enfim já que estamos a falar em democracia talvez devêssemos antes falar em Ferreira do Amaral o famoso Ministro das obras públicas que aparece agora, de novo a mandar bitaites sobre a economia e a crise na tv, após anos de ausência. Talvez devêssemos recordar que pouco depois de abandonar funções no governo foi para presidente da Lusoponte empresa com quem negociou ruinosamente para o estado a concessão das próprias pontes cujos dividendos agora gere.
Que Asco ver esta gente sem venta nem vergonha que lhes assente, vir comentar a vida politica actual enquanto como porquinhos se reviram na trampa que fazem e comem.
Santo Tirso.....

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